A Delfin atuou também como caderneta de poupança, entre os anos 1972 e 1983. Era um programa independente de incentivo à poupança, especialmente para as pessoas que tinham pouco dinheiro e sem a cultura de poupar.
Em 11 anos de operação, a caderneta de poupança Delfin foi a maior caderneta de poupança independente do País, sendo a segunda do setor, ficando atrás apenas da Caixa Econômica Federal. Chegou a ter 3,4 milhões de depositantes e estava presente com agências em 43 bairros do Rio de Janeiro, e 40 em São Paulo. O auge de sua popularização foi o incentivo a poupar juntando moedinhas no cofrinho em forma de lata, distribuído pela Delfin.
Uma série de reportagens foi publicada na imprensa, a partir de dezembro de 1982, sobre possíveis irregularidades que envolviam a instituição, provocando um forte boato e pânico aos depositantes, que foram às agências para sacar o dinheiro. As grandes retiradas de recursos culminaram em um decreto do Banco Central para intervenção federal.

Após alguns meses, as contas dos clientes foram transferidas para a Caixa Econômica e todos foram ressarcidos. Isso fez com que o sistema de cadernetas de poupança ligadas a instituições independentes, que já tinha 40 milhões de depositantes espalhados pelo país, fosse incorporado pelos grandes bancos comerciais.
Vinte e três anos depois, no dia 16 de março de 2006, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou o último recurso e sentenciou que a venda dos dois terrenos BNH foi feita dentro da lei e por um preço justo, sem apresentar qualquer irregularidade, encerrando o caso da Delfin Crédito Imobiliário. As empresas do Grupo Delfin, colocadas sob liquidação extrajudicial pelo extinto Banco Nacional da Habitação, foram devolvidas aos seus acionistas após 10 anos.